1. "Pluralismo e religiões: bases ecumênicas para uma teologia das
religiões". Estudos de Religião, v. 26, n. 42, p. 209-237, 2012.
Apresenta
bases significativas de uma teologia ecumênica das religiões, considerando os
desafios do tempo presente, em especial o pluralismo religioso e cultural, e
tendo em vista a construção de uma lógica plural para o método teológico.
Apresenta, também, sínteses da visão de autores que têm dado uma contribuição relevante
para o tema, como Paul Knitter, Andrés Torres Queiruga, Roger Haight e John
Hick, no campo europeu e estadunidense, e José Maria Vigil, Marcelo Barros,
Diego Irarrazaval e Faustino Teixeira, no campo latino-americano.
2. "Ecumenismo,
pluralismo e religiões: a busca de novos referenciais teóricos". Revista Eclesiástica Brasileira (REB), v.
72, n. 287, p. 651-663, 2012.
Como indicativo da necessidade de novos referenciais
teóricos para as ciências da religião está uma compreensão mais adequada da
diversificação cada vez mais visível do quadro religioso e o crescente anseio
da parte de diferentes grupos pelos diálogos interreligiosos, não obstante ao
simultâneo fortalecimento das propostas de cunho fundamentalista. Este panorama
tem implementado novas perspectivas hermenêuticas, teológicas ou não, mas ainda
possui no horizonte a maior parte de suas questões. Estas também necessitam ser
formuladas de maneira mais adequada e debatidas com profundidade.
3. "Religiões
e Paz: perspectivas teológicas para uma aproximação ecumênica das
religiões". Horizonte, v. 10, n.
27, p. 917-936, 2012.
Trata das possibilidades de uma teologia ecumênica das religiões tendo
como eixo articulador a preocupação pela paz, pela justiça e pela integridade
da criação. O objetivo é analisar temas de destaque para o cenário das análises
sociais e teológicas como: a) O valor do humano e da ética social para o
diálogo interreligioso, b) As possibilidades de uma unidade aberta, convidativa
e integradora no âmbito das religiões; c) A importância pública das religiões;
d) As religiões como códigos de comunicação; e) O poder do império e o poder do
diálogo das religiões. Para isso, recorre-se às contribuições de Hans Küng,
Jürgen Moltmann, Julio de Santa Ana, Xavier Pikaza e José Comblin
respectivamente.
4. "A teologia diante das
culturas afro-indígenas: interpelações ao método teológico". Numen, v. 15, n.2, p. 515-535, 2012.
Reflexão
sobre questões que interpelam o método teológico, suscitadas pela realidade das
culturas afro-indígenas, especialmente a relação entre subjetividade e
racionalidade. As realidades das
culturas religiosas afro-indígenas que marcam o contexto latino-americano, se
consideradas pela reflexão teológica, em postura de diálogo crítico e
interpelador, possibilitam uma revisão do método teológico em diferentes
aspectos. Dois deles são destacados no texto: O primeiro é o alargamento da
visão sobre a realidade, sobre o ser humano e sobre o cosmo baseado na primazia
da vivência comunitária em detrimento das lógicas doutrinais e formais, e
também na maior ênfase na dimensão do despojamento e da autodoação em
contraposição às formas cristológicas sacrificialistas; descartadas, no
entanto, as muitas idealizações das referidas culturas feitas por diferentes
círculos. O segundo é que as dimensões
de subjetividade e as experiências lúdicas e rituais dos grupos religiosos
afro-indígenas, uma vez vistas como interpelação à teologia cristã,
redimensionaria o caráter fortemente racional nela presente e geraria novas
sínteses entre fé e ações práticas.
5. "Pluralismo e religiões: a questão cristológica em
foco". Horizonte, v. 11, n. 29, p. 353-380, 2013.
O texto apresenta uma perspectiva
cristológica plural na relação interreligiosa, a partir da visão de que cada
expressão religiosa tem a sua proposta salvífica e de fé que devem ser aceitas,
respeitadas, valorizadas e aprimoradas a partir de um diálogo e aproximação
mútuas. Tal perspectiva não anula nem diminui o valor das identidades
religiosas - no caso da fé cristã, a importância de Cristo -, mas leva-as a um aprofundamento e amadurecimento,
movidos pelo diálogo e pela confrontação justa, amável e corresponsável. Assim,
a fé cristã, por exemplo, seria reinterpretada a partir do confronto dialógico
e criativo com as demais fés. O mesmo deve se dar com toda e qualquer tradição
religiosa. Consideramos que tal visão, em certo sentido, supera outros modelos
como aquele que considera Jesus Cristo e a Igreja como caminho exclusivo de
salvação; o que considera Jesus Cristo como caminho de salvação para todos,
ainda que implicitamente, o que se denominou inclusivismo; e a perspectiva
relativista na qual Jesus é o caminho para os cristãos, enquanto para os outros
o caminho é a sua própria tradição, sem maiores esforços de autocríticas,
revisões e mútua interpelação. Na visão pluralista, os elementos chaves da vivência
religiosa e humana em geral são alteridade, respeito à diferença e o diálogo e
cooperação prática e ética em torno da busca da justiça, da paz e do bem-comum. A aproximação e o diálogo entre grupos de
distintas expressões religiosas cooperam para que elas possam construir ou
reconstruir suas identidades e princípios fundantes.
6."Teologia e espiritualidade
ecumênica: implicações para o método teológico a partir do diálogo
interreligioso". Estudos Teológicos,
v. 53, n.1, p. 57-73, jan/jun 2013.
Diante do pluralismo religioso
faz-se necessária para a teologia das religiões uma atenção especial à
articulação entre a capacidade de diálogo dos grupos religiosos e os desafios
em torno da defesa dos direitos humanos e da promoção da paz, pressupondo que a
espiritualidade ecumênica requer visão dialógica, alteridade, profunda
sensibilidade com as questões que afetam a vida humana e inclinação para os
processos de humanização, favorecendo assim perspectivas utópicas, democráticas
e doadoras de sentido na sociedade.
http://periodicos.est.edu.br/index.php/estudos_teologicos/article/view/281/792
http://periodicos.est.edu.br/index.php/estudos_teologicos/article/view/281/792
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